Postado às 06h49 | 22 Abr 2018
O mundo respira aliviado.
Kim Jong-un e Moon Jae-in, líderes da Coreia do norte e do sul, iniciam o diálogo diplomático, que culmirá com a presença do presidente Trump, dos Estados Unidos.
Ontem foi anunciada a criação de uma linha telefónica direta entre Moon e Kim - a primeira vez que esse nível de comunicação é estabelecido entre os dois presidentes.
O mais importante é a declaração do líder do regime de Pyongyang, que suspenderá "todos os ensaios nucleares e do lançamento de mísseis balísticos intercontinentais", considerando "estar confirmado o carácter operacional destas armas"
Segundo os analistas internacionais a "a prioridade" de Kim será "o desenvolvimento da economia nacional" e o "progresso económico".
Para a mesma fonte, o cenário da normalização de relações com outros Estados e o reconhecimento da comunidade internacional seria o objetivo histórico do representante da terceira geração da família Kim, no poder em Pyongyang.
Fica, afinal, provado que a paz e o desenvolvimento são muito mais importantes do que qualquer míssil nuclear.
A questão econômica da Coreia do Norte é seríssima.
Quando a fome e a miséria apertam, líderes comunistas como Kim Jong-um correm o risco de serem vítimas da ira popular, que não busca comida em ideologias ou radicalismos, mas sim em soluções objetivas no campo da economia.
As pessoas querem liberdade e poder de compra e não arroubos nacionalistas de defesa da Pátria, com a população vivendo miseravelmente.
Atualmente, com uma economia sujeita a sanções internacionais e dependendo de mercados paralelos e subterfúgios para se equipar na maioria dos setores, a Coreia do Norte é um país em declínio, até no plano demográfico.
As estimativas mais elevadas colocam-no com 25 milhões de habitantes, enquanto no sul a população ultrapassa os 50 milhões.
Noutro plano, a não divulgação de estatísticas mascara o atraso de um país que, na década de 60 do século XX, apresentava um nível de desenvolvimento comparável ao do sul.
Hoje, o fosso é enorme e a Coreia do Norte atravessou graves crises de fome e de baixa produção agrícola na década de 1990, o que se acentua dia a dia.
Só resta aguardar um futuro de paz nessa região do mundo.