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As espantosas cifras da atual catástrofe econômica e social

Postado às 16h36 | 01 Abr 2020

Nenhum avião da Easyjet está voando desde que a companhia aérea britânica decidiu paralisar toda a frota.

Nenhum avião comercial decola de Orly desde que o aeroporto do sul de Paris fechou, na noite desta terça-feira.

Segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo, as companhias aéreas precisam de uma ajuda de emergência de até 200 bilhões de dólares devido às medidas de contenção e ao fechamento de fronteiras.

Economia

Na Alemanha, motor econômico da Europa, o governo prevê que a atividade econômica diminuirá 5% este ano.

O crescimento que o Banco Mundial prevê para a China este ano é de +0,1%, no pior dos casos. Em janeiro, era esperado um aumento de 5,9%.

Os países do G20 sofrerão coletivamente uma contração de 0,5% do seu PIB em 2020, segundo a agência Moody’s. Nos Estados Unidos, segundo a mesma fonte, ela seria de -2%, e na Eurozona, de -2,2%.

-30%

Em Wall Street, o Dow Jones registrou o pior trimestre desde 1987, perdendo 23% desde 1º de janeiro. Na Europa, a queda foi ainda maior, de cerca de 30% nas principais praças. Muitos grupos industriais viram suas ações desmoronar.

No setor automobilístico, a ação da francesa Renault caiu pela metade desde o começo do ano, bem como a da alemã Daimler e a da americana Ford.

Dividido por três

Os preços dos dois barris de petróleo de referência, Brent e WTI, foram divididos por três desde o começo do ano, presos entre uma demanda reduzida e uma oferta cada vez mais abundante, dentro da guerra de preços entre os maiores produtores mundiais. Trata-se da maior queda em um trimestre desde a criação destes contratos, nos anos 1980.

5 trilhões de dólares

Os países injetam trilhões para tentar evitar que uma crise econômica de curto prazo se converta em uma depressão econômica de anos. As nações do G20 prometeram aportar mais de 5 trilhões de dólares.

Os Estados Unidos preveem uma ajuda de mais de 2 trilhões de dólares aos lares e empresas daquele país. A França anunciou 45 bilhões, dos quais 8,5 bilhões serão destinados a apoiar o desemprego temporário, sistema inspirado na Alemanha.

Frente às dificuldades que alguns países terão para pagar suas dívidas, o FMI garante uma capacidade de empréstimo de 1 trilhão de dólares para os próximos anos.

Três milhões, oito milhões

A pandemia faz temer um surto mundial de desemprego e desigualdade. Nos Estados Unidos, onde mesmo empregados com contratos longos podem ser demitidos mais facilmente, mais de 3 milhões de pessoas apresentaram pedidos de auxílio-desemprego entre 15 e 21 de março, algo nunca visto.

Cerca de 8 milhões de pessoas correm o risco de cair na pobreza no mundo árabe devido à pandemia, segundo a Comissão Econômica e Social para a Ásia Ocidental das Nações Unidas. Na Ásia, o Banco Mundial estimou que 11 milhões de pessoas correm o mesmo risco.

Dobro

Mais de 150 dólares em 31 de março, frente a 68 no começo de janeiro: a ação da empresa de videoconferências americana Zoom disparou, à medida que o planeta confinado se converteu ao trabalho remoto, principalmente algumas profissões. Mas o programa está na mira da Justiça americana, preocupada com o número crescente de usuários cujas reuniões foram hackeadas.

Para outros setores, como o de entregas, em pleno auge, é impossível ficar em casa. A gigante Amazon anunciou o recrutamento de 100 mil pessoas para suas lojas e operações de entrega nos Estados Unidos, enquanto, em vários países, as condições de trabalho e segurança sanitária do grupo de Jeff Bezos são criticadas. (AF)

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