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Maia avisa que vai barrar pauta-bomba e eventuais pedidos de impeachment, mas mantém distância da articulação

Postado às 04h42 | 26 Mar 2019

Painel

Ande com as próprias pernas Em conversa com o ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), explicitou o alcance de seus compromissos com o governo Jair Bolsonaro. Afirmou que: 1) não deixará prosperar uma pauta-bomba no Congresso; 2) não usará o cargo como instrumento de chantagem de partidos; e 3) não dará andamento a pedidos de impeachment contra o mandatário do Planalto. Fora isso, a responsabilidade de colocar a base em ordem está nas mãos da atual gestão.

Ó capitão, meu capitão! A posição de Maia está alinhada à de partidos de centro e centro-direita e à do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Dirigentes de legendas passaram a noite do último domingo (24) afinando o discurso com o comandante da Câmara.

Sem carapuça Nessa reunião, prevaleceu o entendimento de que um revide do Parlamento ao Planalto, com a derrubada de projetos, por exemplo, daria força à narrativa de que o Congresso está “jogando contra o país”.

Braços cruzados Líderes foram orientados a não capitanear mobilizações nem contra nem a favor do governo. Eles esperam uma mudança de atitude do Planalto. O que mais incomoda hoje é o discurso de “nova política X velha política”.

Tiro ao alvo O Congresso quer manter o apoio do empresariado ao Parlamento e a Maia na disputa com o governo. Daí a guinada de narrativa. “O país precisa ver o que nos diferencia do Bolsonaro. O irresponsável, sem compromisso é ele”, diz um presidente de sigla do centrão.

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