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Opinião: "Gaza: parar guerra e salvar crianças"

Postado às 07h10 | 23 Mar 2024

Um menino palestino vasculhou um contêiner de lixo em Rafah, sul da Faixa de Gaza, para alimentar-se na quebra do jejum, no primeiro dia do mês sagrado muçulmano do Ramadã.

Ney Lopes

Independente de preferencias de religião ou ideologias, todos precisam ter consciência das atrocidades na faixa de Gaza, território palestino, no Oriente Médio.

Mais de 1 milhão de vidas estão em jogo, no   conflito que começou em 7 de outubro de 2023, com o ataque do Hamas (palestinos) a Israel.

De acordo com a contagem israelense, morreram 1404 pessoas e tomaram mais de 250 reféns.

A reação de Israel contra Gaza já matou mais de 31 mil palestinos, incluindo 13 mil crianças.

Nas ruínas de Gaza, onde metade da população de 2,3 milhões é espremida na cidade de Rafah, muitos vivem sob tendas de plástico e enfrentam escassez de alimentos.

Mães desoladas são incapazes de produzir leite para alimentar seus bebês.

O presidente Biden prometeu continuar pressionando por ajuda humanitária.

Benjamin Netanyahu não recua e quer atacar a cidade de Rafah, a cidade por onde chega ajuda à Faixa de Gaza.

O Ramadã, o mês sagrado para a religião islâmica, começou no último 11 de março e irá prolongar-se até 9 de abril.

Atualmente, a data sagrada tem como pano de fundo, as cenas mais cruéis que a humanidade testemunhou nos dias modernos.

Este período é para fazer o bem, a caridade, compaixão e solidariedade.

Mas, os palestinos vivem em tendas e impedidos de atender às suas necessidades básicas.

O cidadão Fayik al-Kufarnah declarou ao jornalista: “Matar-nos é melhor do que esta vida. Não estamos vivendo. Tenho saudades de tudo o que costumávamos fazer no Ramadão. Este ano, mal sobrevivemos. Este ano enfrentamos fome, não só jejum”.

Em uma escola de Gaza da ONU, milhares de pessoas que fugiram dos ataques aéreos israelenses, mal têm comida suficiente para quebrar o jejum diário.

No Ramadã, as famílias se reuniam para refeições festivas.

Hoje, ouve-se um depoimento como da “dona de casa Soueidi, que diz ter algumas lentilhas vermelhas para os membros sobreviventes de sua família, 17 dos quais foram mortos na guerra.

Era tradição a preparação para o Ramadã, com as decorações de lanternas de iluminação.

Alguns bairros até pintavam paredes com cores vibrantes.

As mesquitas limpavam seus tapetes.

Este ano, tudo desapareceu.

Alguns edifícios ainda estão de pé, mas seus moradores não estão lá.

Crianças e idosos famintos tentam chegar a caminhões de alimentos. 

São necessários 300 caminhões em Gaza todos os dias para distribuir alimentos e atender apenas às necessidades básicas de fome.

A agência da ONU só consegue levar nove caminhões

Benjamin Netanyahu  proíbe a entrada.

Mais de dois terços da população de Israel é contra a “mão de ferro” de Benjamin Netanyahu, manifestando-se favorável ao cessar fogo e estabilidade para a região.

Inclusive, para possibilitar o retorno de reféns israelenses, mantidos em Gaza.

A triste realidade mostra, que não pode mais ser adiado: impõe-se parar guerra e salvar crianças da morte!

 

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