Postado às 08h33 | 03 Ago 2025
Ney Lopes
O mundo político coleciona fatos tristes e nefastos em agosto, o mês do desgosto.
As maiores tragédias da história da humanidade têm ligação com este “mês”, que também concentra fatos trágicos da política nacional.
No plano internacional, a invasão da Sérvia pelo Império Austro-Húngaro foi em 28 de julho, mas considera-se o início da Primeira Guerra Mundial a entrada das grandes potências, em 1o de agosto de 1914. O final do conflito marcou a rendição alemã e o final dos combates.
A guerra resultou na dissolução de grandes impérios, como o alemão, austro-húngaro, russo e otomano, além de causar milhões de mortes e mudanças significativas na geopolítica mundial.
Adolf Hitler tornou-se Chefe de Estado da Alemanha em 2 de agosto de 1934, sem resistência da população.
Ganhou o título de "führer" e iniciou o projeto de poder mais maligno da história da humanidade.
Ele invade a Polônia, dando início à Segunda Guerra Mundial na Europa.
Expande-se o nazismo, fascismo e a corrida armamentista na Europa.
Acentua-se o expansionismo japonês, provocando crises econômicas e políticas.
Em agosto de 1945, ao final da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos bombardearam as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, matando mais de 200 mil pessoas.
Política brasileira
Agosto, mês do desgosto, oitavo mês do ano, também reserva histórias amargas da política brasileira.
Em 1954, Getúlio Vargas se matou.
Em 1961, Jânio Quadros renunciou.
Em 2015, o clima esquenta outra vez.
A presidente Dilma Rousseff (PT) e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foram destituídos.
A história de Getúlio Vargas é a mais trágica, com o desfecho em .24 de agosto de 1954.
O ditador havia sido apeado do poder, mas voltou à presidência com o voto popular após 15 anos.
Entretanto, foi um período de inúmeros atritos políticos. Na época, descobriu-se que a guarda presidencial havia sido responsável por um atentado contra um grande adversário de Vargas, Carlos Lacerda, onde morreu um militar.
A crise se agravou.
A saída do presidente foi um tiro no peito.
Agosto continuou concentrando as mais graves crises políticas brasileiras.
Outras vítimas foram com Jânio Quadros, JK, Fernando Collor de Mello, Michel Temer, Eduardo Campos, Dilma Rousseff.
Para manter a sina, o Brasil atravessa no mês de agosto de 2026 o difícil momento econômico, decorrente das sanções tarifárias do presidente Trump.
1492 - Cristóvão Colombo parte do porto espanhol de Santa Maria de la Palos Frontera encabeçando 3 caravelas (Nina, Pinta e Santa Maria) e uma tripulação de cerca de 90 homens. Acreditavam estar navegando em direção a " Catay " (a Ásia), mas acabaram descobrindo as ilhas do Caribe e a América.
1920 - Jogos Olímpicos de Antuérpia, o atleta brasileiro Guilherme Paraense conquista medalha de ouro de pistola. É a primeira conquistada pelo Brasil em uma olimpíada.
1943- Governo italiano, até então aliado da Alemanha nazista, inicia em separado as negociações de paz com os Aliados.
1980 -Em protesto contra a invasão soviética de Afeganistão, 65 países boicotam as Olimpíadas de Moscou.
1997 - Toma posse um novo presidente no Irã, o muçulmano moderado Mohammad Khatami, com uma mensagem de paz para o mundo.
Filme
“O espião que sabia demais” – Amazom Prime Video - Após a morte de seu ex-chefe e de alguns fracassos em missões internacionais, ele é chamado para desvendar um mistério sobre a identidade do agente duplo que, durante anos, trabalhou também para os soviéticos.
Frase
“A mais triste forma de saber é estar ciente.” O verso do poeta Cassiano Ricardo
Curiosidade
O Brasil já teve oito nomes antes do atual: Pindorama (nome dado pelos indígenas); Ilha de Vera Cruz, em 1500; Terra Nova em 1501; Terra dos Papagaios, em 1501; Terra de Vera Cruz, em 1503; Terra de Santa Cruz, em 1503; Terra Santa Cruz do Brasil, em 1505; Terra do Brasil, em 1505; e finalmente Brasil, desde 1527.
Armando Viana, o Mestre (I)
Este ano justíssimas as homenagens póstumas ao centenário de vida do vereador de Natal (1971-1982), Mestre-professor e bioquímico (formado na Universidade do Brasil, atual Universidade do RJ), Armando Nobre Viana. Um homem humanitário, dedicado a política e a família. Meu Professor no Colégio Marista, sempre manteve diálogo aberto com os alunos e usava métodos didáticos, que facilitavam a assimilação da matéria que ensinava.
Armando Viana, o Mestre (II)
O seu legado transpôs várias gerações de alunos, fortalecimento da visão social de sua profissão de farmacêutico, assistência à saúde dos mais necessitados e fundador de escolas e entidades comunitárias.