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Análise: "Alerta da Covid19: perda de audição e infecção em crianças"

Postado às 15h56 | 14 Out 2020

Ney Lopes

Os mistérios sobre a amplitude infecciosa da Covid19 continuam desconhecidos e começam a ser desvendados aos poucos. 

Divulgadas hoje, no jornal científico europeu “BMJ Case Reports”, duas descobertas: a perda auditiva súbita e permanente pode estar associada à covid-19 e nos últimos meses, as crianças e jovens dos 10 aos 19 anos são os grupos etários com mais infeções. Sobre a perda auditiva, os autores da publicação descrevem o caso de um homem de 45 anos, com asma, e que esteve em tratamento hospital.

Devido às dificuldades respiratórios, foi ligado a um ventilador e recebeu com tratamento com “Remdesivir”, esteroides intravenosos e a troca de plasma sanguíneo.

Após uma semana da remoção do tubo respiratório, o paciente notou sensação de zumbido anormal na sua orelha esquerda, seguida de uma perda auditiva. A perda estava associada à covid-19, segundo os médicos. Confirmou-se que o SARS-CoV-2, o vírus responsável pela covid-19, liga-se a um determinado tipo de células, que revestem os pulmões e foi encontrado em células.

O caso relatado significa a existência de mais um sintoma causado pelo novo coronavírus, por ser efeito colateral da infeção.

Outra constatação é a propagação da infecção em crianças e jovens dos 10 aos 19 anos, que se multiplicaram por cinco, através do aumento das consultas nos centros de saúde, nas idades abaixo dos 20 anos, ultrapassando os níveis do anterior pico da pandemia, em abril, durante o estado de emergência.

Já os idosos com mais de 80 anos são o grupo onde o novo coronavírus menos cresceu no último mês – apenas mais 25%.

A pandemia provocou mais de um milhão e oitenta e um mil mortos e mais de 37,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo.

Essas descobertas cientificas alertam para os cuidados sanitários devidos, como meio de conter a “segunda onda”.

Não há outra saída, senão a prevenção!

 

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