Postado às 17h00 | 26 Set 2024
Ney Lopes
Com quase dez meses de governo, o presidente Javier Milei da Argentina enfrenta momento crítico da sua popularidade.
Diante de recessão que se aprofunda, ele está aplicando o ajuste econômico mais forte já vivido no país, em 65 anos.
As vendas dos supermercados do país caíram 17,2%.
Mesmo assim, Milei promoveu um churrasco festivo de homenagem, segundo ele, aos “87 heróis”, que foram os deputados que votaram a favor do veto às aposentadorias.
O comportamento de Milei é marcado por declarações controversas, como fez na campanha, ao propor a criação de “mercado de órgãos” humanos, porte gratuito de armas, compromisso de eliminar os controles de capitais, fechar o Banco Central e dolarizar a economia.
Nada disso aconteceu.
Entretanto, Milei explica que todas estas propostas permanecem em vigor, mas para implementá-las deve primeiro limpar a economia, começando por baixar a inflação, que está perto dos 290% anuais, a mais alta do mundo.
Nesse sentido, em seus primeiros meses como presidente, Milei surpreendeu pelo pragmatismo de algumas de suas medidas.
Ao invés de fechar o Banco Central, transferiu fundos para o Banco, comprando cerca de 17 mil milhões de dólares e, em vez de eliminar o peso, fortaleceu o seu valor em mais de 70%.
Embora Milei tenha demonstrado flexibilidade com algumas das propostas mais polêmicas de sua campanha, há uma em que ele é absolutamente contundente: o chamado “déficit zero”.
Trata-se de garantir que o Estado tenha mais receitas do que despesas.
Para atingir essa meta, Milei teve de aplicar ajustamento que reduz as despesas do Estado em 35% de uma só vez, em comparação com 2023.
O resultado é que tarifas como conta de luz disparam.
Pesquisas já apresentam eleitores arrependidos.
Empresários também mostram insatisfação
Apesar da Argentina enfrentar declínio na atividade económica, no consumo e no emprego, há ainda em parte da população um sentimento otimista, que se resume na frase " estamos mal, mas estamos bem”.
Na disputa da Prefeitura de Natal sobrevoam a cidade pesquisas, com origens em Institutos conhecidos e outros que ninguém sabe de onde vem.
Faltando uma semana para a eleição, a pesquisa pode ajudar ou desajudar o candidato.
Autor do livro Lost in a Gallup: Polling Failure in U.S. Presidential Elections ("Falhas em pesquisas nas eleições presidenciais americanas") e professor de comunicação na American University, em Washington, Joseph Campbel constatou que "as pesquisas passaram a ser reconhecidas como um negócio de risco".
A pesquisa ajuda quando retrata a realidade das ruas, com resultados que mostrem o real perfil do candidato.
Desajuda, quando aplicadas com endereço certo de “turbinar” determinado candidato, em troca de vantagem financeira.
Esse tipo de pesquisa ocorre quando, sem nenhum “fato novo”, o candidato tem crescimento, além do normal.
O grande fiscal é o eleitor, que percebe e não aceita ser enganado.
A pesquisa tanto estimula o voto útil, quanto “tira” votos, nos casos do eleitor (sobretudo o indeciso) desejar que o candidato a frente perca a eleição.
Segundo o cientista político Geraldo Tadeu Monteiro é “mito” a tese de que o brasileiro vota no “cavalo que está ganhando”.
Ele pesquisou o assunto e concluiu que só 5% dos eleitores podem mudar de voto se descobrirem que seu candidato não tem chance.
“Os outros 95% escolhem um e vão com ele até o final”, destaca.
Em conclusão, a melhor pesquisa será a urna.
1540 – O Papa Paulo II autoriza Inácio de Loyola fundar a ordem religiosa Companhia de Jesus, cujos membros são conhecidos como jesuítas.
1908 – O Ford T, o primeiro modelo de automóvel popular, começa a ser produzido na fábrica da Ford em Detroit, Estados Unidos.
235 – Cosme e Damião, mártires cristãos, gêmeos, nascidos na Arábia, exerciam a medicina gratuitamente, atraindo pessoas à fé cristã. Foram mortos durante a perseguição do Imperador Diocleciano.
1998 – Criação do site de busca Google
Dia Mundial do Turismo; Dia de São Cosme e de São Damião