Postado às 16h10 | 02 Jun 2025
Ney Lopes
A alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) anunciada pelo governo federal foi apontada por analistas como um entrave ao desenvolvimento da economia brasileira, com impactos negativos no mercado, em negócios e no dia a dia da população.
O ministro Fernando Haddad foi levado às cordas, após anunciar um congelamento de R$ 31,3 bilhões para este ano para cumprir a meta fiscal de gastos. Além desse bloqueio, o governo anunciou o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) com impacto fiscal positivo de cerca de R$ 20 bilhões. O mundo desabou, principalmente os protestos de bancos e grandes conglomerados financeiros. Isso sempre acontece nas democracias. Ninguém gosta de pagar imposto. Porém, numa economia de mercado é o meio de financiar o estado. Isso somente não ocorre nos regimes totalitários – de direita e esquerda –, quando não há transparência na aplicação dos impostos.
Cabe observar, que é possível encontrar outras alternativas, afora o IOF, que reforcem o arcabouço fiscal e cumpram as metas para saúde financeira do Brasil. O que não pode é aceitar-se a tese da defesa de ausência do Estado como pregado por alguns grupos. A presença do estado é fundamental para criar as condições sociais e institucionais para o desenvolvimento da livre concorrência, assegurando, portanto, que a ordem natural possa impor suas leis de regulação da economia.
O custo da democracia é alto. A preservação das liberdades necessita de acompanhamento permanente, que custa dinheiro, sobretudo no aparelhamento dos três poderes constitucionais. Falhas, corrupção? Existem e devem ser combatidas, através da conscientização coletiva sobre os critérios de aplicação dos impostos arrecadados. Afinal, os riscos de bactérias ou vírus não justificam destruir os hospitais. Há como prevenir e combater. As funções do estado, sobretudo sociais, são necessárias e estabilizam a sociedade livre.
Em síntese, a filosofia de que o liberalismo defenderia a ideia de um Estado mínimo, isto é, a ideia de que a melhor coisa que o Estado deve fazer é não fazer nada, não encontra fundamento entre os fundadores do liberalismo social. É uma afirmação falsa, desconectada da realidade. O Estado não é um agente interventor. É um agente regulador fundamental para prevenir direitos de ricos e pobres. Como tal, terá que sempre existir, sem excessos intervencionistas.
Allyson - A propósito do comentário de ontem nesta coluna sobre a eleição de 2026 no RN, chega a informação de que o prefeito Allyson não terá idade para disputar o Senado, pois estará com 34 anos e a idade mínima é 35 anos. Há proposta de emenda tramitando, de autoria do deputado Eros Biondini (PL-MG), reduzindo de 35 para 30 anos a idade mínima para disputar o Senado.
O dia na história - Comemora-se hoje o Dia da Imprensa no Brasil, data da fundação do jornal Correio Brasiliense. Neste mesmo dia, o inverno meteorológico começa no hemisfério sul.
Marina Silva - A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, dançou. Ela perdeu o embate com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e com a Petrobras, mesmo amparada por um forte pool de ONGs internacionais e pelos financiadores do Fundo da Amazônia. Marina foi voto vencido, e com aval discreto do presidente Lula da Silva, contra a exploração de petróleo na foz do rio Amazonas, no alto-mar no Amapá
Casamento eletrônico – Pelas mudanças propostas o novo modelo de casamento permitirá que os noivos se identifiquem virtualmente no cartório. O oficial fará todas as verificações de forma eletrônica, como idade, estado civil e impedimentos legais. O processo se tornará gratuito, extinguindo os tradicionais proclamas de casamento.
Bebida alcoólica - Grupos de cerveja, vinho e destilados estão criando novas táticas para combater o endurecimento da postura de saúde pública em relação ao álcool, incluindo a promoção dos benefícios sociais do consumo de álcool e a contestação de pesquisas sobre os riscos do consumo moderado.
Deportação de criança - A garota mexicana Sofia tem quatro anos. Vive nas dependências do projeto sobre direito de imigrantes na Califórnia. Lá, ela recebe a alimentação intravenosa da qual depende devido à síndrome do intestino curto. Ela passou por seis operações, sofreu infecções sanguíneas e quase morreu várias vezes. A perseguição obsessiva de imigrantes por Donald Trump chegou a Sófia. A família recebeu uma notificação de deportação. A consequência disso pode ser a vida da menina. Trump não recuou e manteve a deportação.
Consumidor - O estacionamento se responsabiliza por qualquer dano ou furto nos carros e pelo próprio furto do carro em si, independente do estacionamento ser gratuito ou não