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Análise: "Biden confirma: social é prioridade"

Postado às 06h00 | 15 Jan 2021

Ney Lopes

Ontem, 14, o presidente eleito dos EEUU anunciou metas que pretende atingir no seu governo que começa na próxima quarta, 20.

Apresentou pacote econômico de US$ 1,9 trilhão (RS 9,87 trilhões) para combater as crises paralelas na economia e na saúde.

O plano “abre os bolsos do Estado”, com incentivos agressivos, que miram ao mesmo tempo respostas na saúde e na economia, que devem andar juntas.

Veja-se que a orientação de Biden é a mesma de Franklin Delano Roosevelt, quando implantou o “New Deal” (1933 e 1937), uma série de programas estatais, com o objetivo de recuperar e reformar a economia norte-americana, além de auxiliar os prejudicados pela Grande Depressão.

A ideia de Biden é fortalecer trabalhadores e famílias americanas, como meio de reduzir a desigualdade e colocar as finanças de longo prazo em um curso mais sustentável. O propósito do presidente americano confirma que o período pós pandemia será marcado pelas prioridades sociais, sem prejuízo de atenção às medidas de aquecimento da economia.

Todavia, a tendência são ações bilaterais – governo e empresas -, numa linha de “mão dupla”, em que as liberações de incentivos e isenções sejam rigorosamente fiscalizadas para comprovação real dos efeitos sociais realmente gerados em benefício da população carente.

O plano propõe mais do que dobrar o salário mínimo nacional, aumentando-o de US$ 7,25 (R$37,76) por hora para US$ 15 (R$ 78) por hora. Visa oferecer uma resposta à pandemia, à crise econômica, à área da saúde, educação e outras prioridades domésticas.

As medidas de Biden chegam no momento em que o Departamento do Trabalho informou que 1,15 milhão de americanos entraram nesta semana, com um novo pedido de seguro desemprego, um aumento de 25% em relação à semana anterior e o pior número desde março.

O número excede em muito os piores dias da recessão de 2007-09. Biden além de ser a esperança dos norte-americanos, sinaliza ações e comportamentos que deverão ser analisados na tarefa comum de reconstrução do mundo, após a pandemia.

 

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