Postado às 16h51 | 17 Dez 2024
A pandemia provocou o maior nível de pobreza nos últimos 20 anos.
Ney Lopes
Em 2010, iniciou-se um movimento denominado “giving pledge”, com mais de 240 bilionários em todo o mundo, que se comprometem a doar a maior parte de sua riqueza para causas beneficentes.
Será que essas doações têm a marca da solidaridade humana, ou são apenas gestos em busca de novos “mercados” para gerar lucros?
Entre os signatários mais recentes está Jahm Najafi, um investidor internacional, iraniano-americano.
Ele administra a The Najafi Companies, empresa de “private equity”, que investe em empresas com investimento já fortalecido.
Elon Musk, uma das pessoas mais ricas do mundo, que lidera várias empresas, faz poucas doações, todas destinadas à sua própria fundação. Musk considera que as suas empresas são sua melhor “filantropia”.
“Queridinho”
Howard Buffett é “queridinho” da mídia, mas será que ele ajuda a reduzir desigualdades, ou a si mesmo?
Para responder essas perguntas, quem é exatamente Howard Buffett?
Howard Buffett, assim como Bill Gates, pertence a um clube exclusivo de “filantropos capitalistas”, que investem suas riquezas na solução dos principais problemas do mundo, em setores como saúde e agricultura.
As doações à caridade representam “o outro lado da moeda da crescente desigualdade entre ricos e pobres”: revelam uma correlação direta entre “aumento da acumulação de riquezas, medidas fiscais regressivas e financiamento para atividades filantrópicas”.
Enfraquece setor público
As soluções propostas pelos filantropos capitalistas corroem os gastos do setor público e desviam o olhar para longe das causas estruturais da pobreza.
Na agricultura, uma das barreiras estruturais são os acordos de livre comércio, que eliminam as tarifas de importação e permitem que os países ricos comprem produtos com baixo custo.
Gates e Buffett investiram US$ 47 milhões em um projeto em parceria com a Monsanto, envolvendo variedades de milho mais eficientes para pequenos agricultores.
Os críticos argumentam, que na verdade é uma forma de passar a posse da “criação de milho, produção de sementes e comercialização… para o setor privado”, manipulando assim “os pequenos produtores para que adotem variedades de milho híbrido e seus fertilizantes sintéticos e pesticidas correspondentes”, beneficiando as empresas agroquímicas e de sementes.
Atenção!
No Congo, vastas quantias de riqueza estão sendo desviadas.
A investigação jornalística “Panamá Papers” questiona a origem desse dinheiro vindo de bilionário Howard Buffett, cuja visão de desenvolvimento regional – privatização como caminho para o crescimento – enfraquece a luta contínua dos congoleses comuns para moldar seu próprio futuro.
Por outro lado, há denuncias sobre lucros exorbitantes na época da pandemia.
Admite-se, que bilionários lucraram durante a pandemia às custas de milhões de pobres.
Os 2.668 bilionários do mundo hoje – 573 a mais que em 2020 — têm uma fortuna que chega a US$ 12,7 trilhões, um aumento de US$ 3,78 trilhões em relação a março de 2020.
Essa é uma realidade que merece atenção, de forma que em nome da falsa filantropia não se aprofundem as diferenças econômicas e sociais entre os povos.
Hoje na história
1892 — Estreia do ballet O Quebra-Nozes.
1945 — O Uruguai é admitido como Estado-Membro da ONU.
1956 — O Japão é admitido como Estado-Membro da ONU.
1958 — Lançamento do Projeto SCORE, o primeiro satélite de comunicação do mundo
2022 — A Argentina derrota França n e torna-se tricampeã mundial.
Hoje, 18 de dezembro, há 64 anos era federalizada a Universidade Federal do RN, através da Lei nº 3.849, assinada pelo Presidente Juscelino Kubitschek, onde ela passou a ser de responsabilidade do Governo Federal, obtendo mais recursos e aumentando a possibilidade de sua consolidação no estado.
A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFNR) é a maior e mais antiga instituição pública de ensino superior do RN. Está presente em vários municípios e outros estados, por meio de cursos presenciais e a distância, contabilizando alunos no ensino da graduação, da pós-graduação, na formação técnica e na educação infantil.
Como vitórias de expansão ao longo do tempo, a UFRN mostra a criação de institutos, como os institutos Básicos de Matemática, Física, Química, Ciências Biológicas, Ciências Humanas, Letras e Artes (1968), órgãos suplementares, como o Serviço de Psicologia Aplicada (SEPA) e o Centro Universitário de Treinamento e Ação comunitária (CRUTAC), que estendia às comunidades rurais potiguares os benefícios da UFRN, aplaudido no Brasil e no exterior. Salve, pois, a nossa Universidade Federal do RN, obra imorredoura do pioneiro e primeiro Reitor, Onofre Lopes da Silva.