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Análise: "Bolsonaro e Lula em Natal: como será?"

Postado às 05h29 | 14 Jun 2022

Ney Lopes

Quinta, 16, feriado de Corpus Christi, o ex-presidente Lula visita Natal e será recepcionado no Arena das Dunas, às 16h, em ato aberto ao público.

Sexta, 17, o presidente Bolsonaro chega a capital para lançar o Programa Internet Brasil.

Na verdade, ambos vêm fazer política, com olhos em outubro próximo.

Polarização – Não há como negar, que a eleição presidencial está polarizada entre os dois.

Bolsonaro – O presidente Bolsonaro usa o argumento de fraude, ao antecipar-se aos resultados das eleições de 2022, alegando falcatrua nas urnas eletrônicas.

Lula critica, porém em novembro de 2019, ao sair do período de 580 dias preso,  fez duríssimo discurso frente à sede da PF em Curitiba, denunciando que o seu candidato em 2018 à presidência, Fernando Haddad, teve a eleição "roubada".

Não apresentou nenhuma prova.

Agrediu a justiça brasileira, ao afirmar  que foi preso por fraude para não ser o candidato e mesmo assim a vitória de Bolsonaro foi na base de “fake News”.

Divisão - Em Natal, os dois eventos, de Lula e de Bolsonaro, agitarão o embate eleitoral no RN.

Ao lado do ex-presidente estarão Fátima Bezerra, o vice deputado federal Walter Alves e os candidatos ao senado, ex-prefeito Carlos Eduardo (PDT) e o deputado Rafael Motta (PSB).

Ainda sem resposta, a indagação sobre quem Lula apoiará para o Senado, ou se acatará a divisão de votos em sua própria base.

Dúvida- Bolsonaro enfrentará também situação complicada.

Apoiará o pré-candidato Fábio Dantas ao governo do estado, diante de reações a esse nome dos seus próprios correligionários, que acusam o indicado de já ter sido filiado ao PC do B, quando foi vice-governador entre 2015 e 2018?

Patriotas - Um sinal dessas reações é que o “Patriotas”, partido ligado ao governo, decidiu apoiar a candidata Clorisa Linhares do PMB, ao invés de Fábio Dantas.

Senado – Em relação a disputa do Senado, a divisão de votos entre Carlos Eduardo e Rafael Mota cria uma grande incógnita.

Ao invés de beneficiar Rogério Marinho – que terá o voto radical do bolsonarismo – abre perspectivas para uma “surpresa” no RN, considerando que 55% dos eleitores, segundo pesquisas, estão indecisos, ou seja, rejeitam Carlos, Eduardo Rogério e Rafael Motta.

Pergunta – Quantos prefeitos e apoios municipais tinham Rosalba e Stevenson, quando se elegeram senadores?

E Vilma e Robinson, quando ganharam para o governo?

Praticamente, não tinham nenhum apoio. Abertas as urnas, todos eles ganharam a eleição. A decisão foi dos indecisos.

Muitas vezes, a história se repete.

Aguardemos 2022.

Olho aberto

Crime - Enquanto aumenta a fome no mundo, cerca de 300 mil toneladas de grãos (trigo e milho) foram destruídos devido a ataques de tropas russas a armazéns na Ucrânia.

Apodi – A propósito de trigo, esse cereal começa a ser cultivado no vale do Apodi (RN), com perspectivas de excelente produtividade.

Combustíveis – Correta a PEC emergencial do governo federal para isentar impostos e reduzir preço de combustíveis.

Deveria, entretanto, prever que perdurando a situação atual, a medida será prorrogada, após o término previsto para 31.12.22.

Planos de saúde - A recente decisão do STF sobre planos de saúde não poderá ser aplicada imediatamente,

O julgado não tem efeito vinculante e haverá recurso ao STF.

Portanto, não há obrigatoriedade de ser seguido pelos órgãos do Judiciário.

Simone Tebet – Cálculos otimistas apontam que o potencial de Tebet seria de 32% (7% já votam e 25% admitem votar).

Rejeição é muito menor do que Lula e Bolsonaro.

Há ainda 36%, que não conhece Simone e poderá votar nela.

Hipótese difícil de ser confirmada.

 

 

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