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Análise:"Desgraça de uns; bem de outros"

Postado às 06h10 | 02 Jan 2021

Ney Lopes

Estudo recente da “Bloomberg” mostra que a pandemia colocou em dificuldades muitas famílias, porém não afetou os rendimentos dos 20 homens mais ricos do mundo.

Apenas quatro deles viram a fortuna diminuir em 2020.

Juntas, todas as fortunas dos 20 milionários, totalizam 1,77 biliões de dólares (1,44 biliões de euros), o que na prática representou em 2020 um acréscimo de 24%.

A liderança da lista é do americano Jeff Bezos, que se beneficiou dos excelentes resultados financeiros da Amazon, uma das empresas que mais lucrou com o confinamento social, tendo em vista o aumento das compras online.

Bezos, de 56 anos, tem uma fortuna avaliada em 193 700 milhões de dólares (157 846 milhões de euros), que no ano passado teve crescimento de 68,7%, ou seja de 78,9 milhões de euros.

Em segundo lugar, o também americano Elon Musk, fundador e diretor geral da SpaceX e da Tesla, com um património de 160 700 milhões de dólares (130 967 milhões de euros).

Na terceira posição encontra-se Bill Gates, com patrimônio de 131 500 milhões de dólares (107 177 milhões de euros), tendo aumentado a sua fortuna em 16,3% durante o ano de 2020.

O crescimento mais extraordinário entre os mais ricos do mundo é do chinês Zhon Shanshan. Ele em relação a 2019, multiplicou a sua fortuna por onze. Num ano, o produtor da água mineral mais vendida na China ganhou ao longo dos últimos 12 meses cerca de 68 mil milhões de dólares (55,4 mil milhões de euros).

Na lista divulgada pela Bloomberg, há apenas três que viram a sua fortuna diminuir durante o ano de 2020, a saber: o americano Warren Buffet (-2,7%); o espanhol Armando Ortega (-9,7%) e o também americano Carlos Slim (-5,8%).

No caso daqueles que se tornaram mais ricos com a catástrofe epidêmica é o caso de lembrar o refrão popular: “a desgraça de uns é o bem de outros”.

 

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