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Análise: Eleitor de Natal exige “prestação de contas”

Postado às 06h07 | 31 Out 2020

Ney Lopes

Uma eleição atípica como a de 2020 revela tendências diferenciadas, que variam de cidade para cidade.

Vamos analisar a eleição municipal de Natal, onde o autor do texto dispõe de informações de pesquisas divulgadas e outras de uso interno dos partidos, todas confiáveis.

Cabe separar a eleição de prefeito e de vereadores.

A primeira, permite identificar favoritos. Impossível contestar a liderança absoluta de Álvaro Dias.

A segunda, não.

O número excessivo de candidatos a vereador, o novo critério que aboliu coligações e os sinais evidentes de que a abstenção será elevadíssima, tornam impossível mostrar o quadro verdadeiro da disputa.

Algumas pesquisas indagaram do eleitor, o que ele achava dos métodos usados pelos candidatos na hora de “pedir” o voto popular.

A quase unanimidade do eleitorado aplaudiu o estilo da “prestação de contas” daqueles que já têm mandato.

Por outro lado, a opinião em relação aos que disputam pela primeira vez é que devem  "prestar contas", através de propostas viáveis, com os "pés no chão", sem mistificação, enfim,  “propostas que tenham começo, meio e fim”.

Aliás, por coincidência, as minhas campanhas de deputado federal sempre foram prestando contas ao eleitor.

Por isso, o meu filho Ney Lopes Jr, atual candidato à reeleição de vereador, faz o mesmo e é chamado o “vereador das 56 leis” (a última aprovada quarta passada - PL 092/20, que determina aulas de reforço para estudante com enfermidade maligna).

Toda essa legislação está em plena vigência, na cidade de Natal.

Estilo de campanha sui generis, honesto e na linha das aspirações legítimas do eleitorado e das diretrizes da própria justiça eleitoral.

Sem dúvida, constitui um grande avanço, o fato do eleitor,  antes da escolha,  desejar informações  sobre quem lhe pede o voto.

A forma objetiva para a escollha final será a análise  do que o candidato  realmente já fez no exercício do mandato, coerencia de suas ideias, ou, o que pretende fazer, se eleito pela primeira vez.

De que adianta alguém tentar pilotar “Boeing”, sem qualificação?

Da mesma forma, quem venha ser eleito  vereador em Natal enfrentará uma tarefa decisiva na revisão do Plano Diretor, que é chamado de “Constituição da cidade”, a ser aprovado em 2021.

O Plano Diretor é uma lei municipal, obrigatória para cidades com mais de vinte mil habitantes, que, segundo o artigo 182 da Constituição federal, estabelece a política de desenvolvimento e expansão urbana, tendo como objetivo o pleno desenvolvimento das funções sociais da comunidade e a garantia do bem-estar de seus habitantes

Torna-se absolutamente indispensável, que o eleito, já detendo mandato, ou não,  esteja à altura dessa missão, pela demonstração de experiência, vivência, conhecimento dos problemas da cidade, comprovação de serviços prestados, formação pessoal e conhecimento do processo legislativo.

Com certeza, o “voto consciente” do eleitor de Natal facilitará a melhor escolha e trará muitas surpresas no resultado final para composição da Câmara Municipal, sobretudo após a opção daqueles ainda “indecisos”, que irão decidir-se de forma responsável.

NUNCA ESQUECER: o voto é o tijolo, que constrói o edifício da Democracia.

O eleitor é o operário nessa construção, de quem dependerá a solidez do edificio, a ser erguido no futuro. 

 

uwm

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