Postado às 11h39 | 08 Jul 2025
Ney Lopes
Farah Pahlavi, a última imperatriz da Pérsia, terceira esposa do imperador iraniano Mohammad Reza Pahlavi, deposto pela Revolução Islâmica de 1979, hoje vive entre Paris e Washington.
Como imperatriz simbolizou à época a emancipação da mulher do mundo islâmico.
Culta, independente.
Estudou arquitetura em Paris, coisa rara para uma mulher daquela época.
Ela participou ativamente nas reformas estruturais e na construção do progresso e da modernização de um país de tradições ancestrais, que vivia ainda num sistema quase feudal.
Durante as décadas de 60 e 70 do século XX, as mulheres tiveram pela primeira vez o direito de votar e de poder exercer cargos políticos e nas cidades ocuparam o espaço, público, sem véu e de minissaia.
A partir de 1979, a mão forte da polícia secreta, a Savak, a censura, as detenções e execuções mudaram, até hoje, essa realidade.
Farah Pahlavi leva consigo a lembrança da agonia final do Xá, vítima de um linfoma e a ingratidão do presidente americano Jimmy Carter, que lhe negou asilo.
O amigo egípcio Anwar Sadat, afinal lhe concedeu acolhida. Ele morreu no Cairo.
Farah , acredita em mudanças na sua terra natal. Isto porque, o regime iraniano se encontra em sua posição mais difícil 46 anos após a revolução que o levou ao poder.
Sobrevive de forma impopular e repressiva. Gastou bilhões de dólares em um programa nuclear e na projeção falsa da Revolução Islâmica, enquanto preside um desastre econômico doméstico e uma paralisia sufocante.
Farah Pahlavi vive uma vida dividida entre os Estados Unidos e a França.
É vista como símbolo da antiga monarquia e um farol de esperança para um futuro diferente para o Irã.
Ela se mantém na defesa dos direitos humanos.
Preserva a herança cultural, muitas vezes falando sobre essas questões e se envolvendo com a diáspora iraniana, composta pelo conjunto de pessoas de origem iraniana que vivem fora do Irã, seja por emigração ou por nascimento no exterior.
É impressionante a diversidade étnica e religiosa da diáspora iraniana, integrada a grandes comunidades nos Estados Unidos, Canadá, Europa e outros países.
Engloba persas, curdos, azeris, assírios, turcomanos e armênios, entre outros. A maioria é muçulmana, mas também há comunidades baháʼís, cristãs, judaicas e zoroastrianas.
No último dia 23, Reza Pahlavi, bem visto na diáspora, filho do monarca deposto no Irã em 1979, ofereceu-se para liderar o que caracterizou como uma “transição democrática”, que evite o “caos e o derramamento de sangue”, depois do fim do regime atual.
Seria uma tentativa, cujo sucesso dependerá da posição dos Estados Unidos, em guerra com o Irã.
Persiste a dúvida!
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