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Análise: "Fundação estuda como alcançar a felicidade"

Postado às 06h29 | 01 Out 2023

Pelo sexto ano consecutivo, a Finlândia foi eleita o país mais feliz do mundo

Ney Lopes 

Confesso que não conhecia a Fundação Mundial da Felicidade, instituição vinculada às Nações Unidas.

O objetivo da instituição é convencer os países que o sucesso não pode ser medido somente por índices economicos, mas sim pelo grau de felicidade do povo.

Por isto, a felicidade nacional deve se tornar um objetivo dos governos.

Afinal, o que seria a felicidade?

Os dez relatórios já publicados, da Fundação Mundial da Felicidade revelam conceitos desse estado de espírito das pessoas, que se irradia pelo país onde vivem.

A felicidade seria algo que as pessoas procuram encontrar, mas o que define a felicidade pode variar de uma pessoa para outra.

Normalmente, a felicidade é um estado emocional caracterizado por sentimentos de alegria, satisfação, contentamento e realização.

Embora a felicidade tenha muitas definições diferentes, é frequentemente descrita como envolvendo emoções positivas e satisfação com a vida.

Psicólogos e outros cientistas sociais normalmente usam o termo “bem estar subjetivo”.

A felicidade está no centro das ambições humana

O sociólogo espanhol, Luis Gallardo, presidente da Fundação Mundial da Felicidade, que virá ao Brasil em novembro, em entrevista declarou, que “a felicidade é o óleo do motor. Todos nascemos com ela, é parte do nosso ser.

Mas precisamos ativá-la”.

Sobre se a felicidade depende das pessoas, a resposta é sim.

Porém “ para apenas quem pode escolher. Há pessoas que não têm essa facilidade, porque podem ter problemas mentais, depressão, podem ter sofrido traumas muito fortes e não conseguir tomar decisões. E essas pessoas precisam de ajuda”.

Ainda é Luis Gallardo que alerta para a “ditadura do medo”.

Completa: “Há pessoas que têm medo de ser felizes. A humanidade decidiu definir o sucesso através do poder, do dinheiro, da fama. E para chegar a ele se adotam as três piores ações para a felicidade: comparar-se, queixar-se e competir”.

Estudos da Fundação Mundial da Felicidade revelam que as pessoas felizes sentem toda a gama de emoções humanas – raiva, frustração, tédio, solidão e até tristeza – de tempos em tempos. Mas, mesmo diante do desconforto, eles têm um sentimento de otimismo de que as coisas vão melhorar, que podem lidar com o que está acontecendo e que serão capazes de se sentir felizes novamente”.

Aristóteles distinguiu a felicidade em dois tipos. Um, que é derivada do prazer.

Outro, da busca da virtude e do significado.

De tudo que os cientistas e pesquisadores concluíram sobre a felicidade, destacam-se os elementos a seguir citados.

Cultivar estado de calma, paz, esperança, perdão, compaixão, que ajudam a gerir nossos pensamentos e emoções, integrando espírito, postura, intenção.

Comer bem, dormir, não se ater ao passado, respirar, contemplar, meditar, estar na natureza.

Dizem os especialistas, que a felicidade é uma técnica, e se deve e praticá-la.

Há consenso de que líderes políticos entendem que, se o objetivo da humanidade é ser feliz, precisamos olhar para isso.

As cidades somente são felizes, se os cidadãos são felizes.

As empresas são felizes, se os funcionários são felizes.

Escolas e universidades são felizes, se professores e alunos são felizes.

Países ou comunidades com mais estabilidade, confiança, menos corrupção, mais segurança e acesso à educação podem ter mais condições de promover a felicidade de seus cidadãos.

Segundo o Relatório Mundial da Felicidade, conduzido pela consultoria de dados Gallup, a pedido da ONU, a Finlândia foi reconhecida, pelo sexto ano consecutivo, como o país mais feliz do mundo, seguido pela Dinamarca, Islândia, Israel e Holanda.

O Brasil caiu 11 posições no estudo anual e foi do 38º para a 49º lugar.

Afeganistão  foi eleito o país mais infeliz do mundo, em 2023

Já que temos uma noção científica do que seja felicidade, só resta semeá-la, no dia a dia das nossas vidas.

Assim seja!

 

 

 

 

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