Notícias

Análise: "Hoje houve risco de explosão de lixo espacial"

Postado às 16h54 | 16 Out 2020

Ney Lopes

Poucos sabem, ainda, mas na manhã desta sexta, 16, na região a Antártida, radares constataram dois pedaços de lixo espacial passando a 25 metros um do outro, mas escaparam de colisão.  Foram um satélite russo desativado e um segmento de foguete chinês descartado. Esse problema, problema vem se agravando, de forma assustadora.

O aumento da quantidade do chamado “lixo espacial” pode provocar colapso no sistema de comunicação da terra. Esse “lixo” é composto de restos de foguetes, tanques de combustível e fragmentos de aparelhos que explodiram, satélites desativados e até mesmo ferramentas perdidas por astronautas.

Tais detritos circulam ao redor da Terra, a cerca de 28 000 quilômetros por hora. A reação em cadeia poderá destruir equipamentos de comunicação usados não só comercialmente, mas para fins militares, provocando a interrupção do funcionamento de telefones, aparelhos de GPS, transmissões de redes de televisão e impedindo as previsões meteorológicas. Relatório de observatório indiano, constata que atualmente há mais de 370.000 destroços vagando pelo espaço, ameaçando 1.100 satélites em funcionamento, na órbita terrestre.

O lixo espacial também põe em risco a vida dos astronautas, que ocupam a Estação Espacial Internacional.

Nesta semana, a Agência Espacial Europeia divulgou o seu relatório anual sobre o estado do ambiente espacial, destacando o problema contínuo dos eventos de fragmentação. A média de objetos do lixo espacial, que reentram na atmosfera terrestre é 35 por mês e a tendência aumenta.

Um dos maiores objetos que já reentrou na atmosfera foi o estágio do foguete Saturno, pesando 38 toneladas, que passou sobre Los Angeles pouco antes de cair no Atlântico, perto dos Açores.

A verdade é que em meio a debates ambientais sobre desmatamento, aquecimento global e crise hídrica, rastros de fogo aparecem com frequência nos céus, indicando o perigo do lixo espacial.

Uma questão que deve ter prioridade dos governos.

 

Deixe sua Opinião