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Análise: "Inevitável uma próxima pandemia"

Postado às 06h54 | 18 Out 2021

Ney Lopes

A Organização Mundial da Saúde (OMS) prepara um tratado mundial sobre pandemias, considerando que a próxima será inevitável.

A atual pandemia, depois da gripe espanhola, foi a mais impactante e é também uma constatação que o mundo precisa acordar, porque os prejuízos sempre são extensivos em todos os países e exigem medidas preventivas, em tempo.

A Chefe do Departamento de Bioquímica Molecular e Celular da Universidade de Kentucky nos EUA, Dr. Rebecca Dutch afirmou que o vírus Nipah (NiV) poderá causar a próxima epidemia.

A taxa de mortalidade desse vírus pode variar de 45 a 75%, que é muito maior do que a taxa em Covid-19.

Anteriormente, a organização holandesa Access to Medicine Foundation também alertou sobre o Nipah, que foi incluído na lista dos vírus mais perigosos para a humanidade pela OMS.Não existe vacina para a doença sem cura.

Atualmente, estima-se que cerca de 700 pessoas no mundo estejam infectadas com o vírus Nipah, que foi detectado no Sudeste Asiático, em fonte natural de morcegos frugívoros.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o vírus Nipah pode ser assintomático e causar graves problemas respiratórios, inflamação cerebral e edema cerebral.

O longo período de incubação, 45 dias, do vírus Nipah significa que uma pessoa infectada tem amplas oportunidades de disseminá-lo, sem perceber que está doente.

Além disso, diferentes tipos de animais podem ser infectados, o que aumenta a probabilidade de propagação do agente infeccioso.

A doença pode ser transmitida por contato direto, ou pelo consumo de alimentos contaminados.

Sem dúvida, risco para o futuro da humanidade.

Medidas urgentes precisam ser adotadas.

O exemplo da Covid19 não pode ser repetido, quando o enfrentamento da pandemia se transformou em “fracasso para a humanidade”, diante da   mercantilização das vacinas, que deixa a parte mais vulnerável do mundo desassistida.

Há que existir uma ação urgente da comunidade internacional, em nome da própria sobrevivência do planeta.

 

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