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Análise: "Países que crescem na América Latina"

Postado às 05h56 | 03 Jan 2021

Ney Lopes

Um dos continentes com maior queda da economia, por força da pandemia é a América Latina.

A previsão é de 7.7%, em média, entre os países. Há tres exceções: Peru (9%), Panamá (5,5%) e Bolívia (5,1%).

A recuperação estará sujeita a muitas incertezas, como a dinâmica da pandemia, a disponibilidade de vacinas, a capacidade dos países em manter políticas de apoio e o que acontecerá a nível mundial.

A economia peruana fechou 2020 com uma queda brutal da ordem de 13%, e em 2021 crescerá cerca de 9%, de acordo com as últimas projeções da Cepal. Mesmo com essa previsão de crescimento, o país ainda estará longe de retornar ao nível pré-crise, o que se repetirá na maioria dos países da região.

Uma das principais preocupações no Peru é o que acontecerá com o emprego e o subemprego e como o país conseguirá obter as doses das vacinas necessárias para manter o vírus sob controle.

O Panamá é o segundo país, depois do Peru, com a maior taxa de crescimento do PIB projetada para 2021.A atividade econômica deve crescer 5,5%, após experimentar uma das maiores desacelerações econômicas regionais neste ano, com queda próxima a 11%.

A Bolívia ocupa o terceiro lugar entre aqueles que podem apresentar maior crescimento, com projeção de alta de 5,1% em 2021, após uma queda de 8% em 2020.O governo  que iniciou seu mandato em 8 de novembro, está promovendo uma série de medidas que incluem aumento do investimento público, crédito a juros baixos aos produtores e a criação de  imposto permanente sobre grandes fortunas.

A estratégia boliviana é o aumento do endividamento e dos gastos públicos para sustentar o crescimento econômico. As políticas de transferência de renda possibilitarão o aumento da demanda interna, sobretudo na baixa renda. Entretanto, os planos de recuperação da economia boliviana estão sujeitos à grande incógnita sobre o controle do vírus.

A única certeza é que faltam vários anos para a América Latina recuperar o crescimento econômico que tinha antes da pandemia, e mais ainda para melhorar os indicadores sociais.

 

 

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