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Análise: "Punição para Trump"

Postado às 06h31 | 09 Jan 2021

Ney Lopes

Os fascistas modernos, defensores do totalitarismo, que só acreditam na “força bruta”, costumam criticar os democratas, quando esses alegam que medidas fortes têm que ser tomadas nos regimes democráticos.

No caso de Trump, por exemplo, esses fascistas entendem, que aqueles que se qualifiquem como defensores da democracia, não podem defender punições severas para o insano ex-presidente americano.

Sem dúvida, argumento falso, inconsistente, além de revelar falta de senso, de lógica e equilíbrio. A democracia somente se mantém, se preservada a paz social, através de punições e sanções nas transgressões.

A diferença é que o meio utilizado se baseia no respeito ao direito de defesa e ao devido processo legal.

Os fascistas, ao contrário, têm como bussola o autoritarismo.

Os democratas a lei.

Os últimos acontecimentos nos EEUU exigem medidas severas de punição ao responsável pela baderna. Se tal não for feito, os americanos jamais poderão se apresentar como líderes dos princípios da liberdade política.

Impõe-se que seja invocada a Seção 4 da 25.ª Emenda da Constituição para declarar que Trump é “incapaz de cumprir os poderes e deveres de seu cargo”.

Além disso, a medida deve ser complementada, pelo impeachment”, a fim de tirá-lo da presidência e desqualificá-lo para qualquer cargo público no futuro. Os juristas americanos entendem que o Senado teria de fazer duas votações separadas: uma para a remoção do cargo e outra para a desqualificação.

Para serem aprovadas, a primeira precisa de dois terços dos votos e a segunda, apenas maioria simples.

Quem acredita na democracia, aguarda a aplicação da devida sanção ao ex-presidente, para que ele não se transforme em líder da impunidade e em consequência exemplo para que os mesmos atos se repitam no resto do mundo.

 

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