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Análise: Rodrigo Pacheco: nasce a “terceira via”

Postado às 05h48 | 24 Out 2021

Ney Lopes

Desfiliado do DEM, o senador Rodrigo Pacheco, foi aclamado ontem, 23, como candidato a presidente da República por lideranças do PSD, liderado por Gilberto Kassab, durante encontro regional realizado no Rio de Janeiro.

A ida de Pacheco para o o seu novo partido será confirmada, em cerimônia na quarta-feira, 27, no Memorial JK, em Brasília.

A escolha do local foi pensada para criar um paralelo com o ex-presidente Juscelino Kubitschek, que era mineiro e filiado ao PSD.

Toda a articulação neste sentido vem sendo feita há meses pelo presidente do PSD, ex-ministro Gilberto Kassab, que confirma ser um competente articulador político.

O nome de Rodrigo Pacheco nasceu da visão política de Kassab e tem tudo para crescer.

O fato amplia o cenário de potenciais pré-candidatos à sucessão do presidente Bolsonaro.

Cabe analisar, que com caraterísticas essenciais de terceira via, o senador Rodrigo Pacheco é o primeiro nome surgido. Isso porque, os demais pretendentes têm posições radicais, em relação à atual conjuntura política do país, dificultando o diálogo.  

Com radicalismo, não se construirá a terceira via.

Essa é uma exigência básica.

A instabilidade política que vive a nação decorre do fanatismo, endeusamentos, irracionalidade, ações de grupos hipnotizados e enlouquecidos.    

Esses grupos, de direita e esquerda radicais, não se conformarão com o surgimento de uma alternativa de equilíbrio na disputa presidencial.

Certamente, logo partirão para agressões, já que se consideram “proprietários” das virtudes políticas e acusam todos de corruptos e desonestos.

Tais facções abominam as instituições democráticas, principalmente o STF e o Congresso Nacional, e desejam destruí-las.

Somente eles estão certos e invocam o verdadeiro patriotismo. Ninguém mais.

Até hoje, a acusação contra o senador Pacheco foi de “mineirice”, como se Minas Gerais não fosse a grande escola da política brasileira, que segue a regra de São Tomás de Aquino, de que o bom senso não é incompatível com coragem, fortaleza e sabedoria.

O autor inglês do século 17 Joseph Hall, disse, que “moderação é a corda de seda correndo através da corrente de pérolas de todas as virtudes”.

 Quando necessário ser forte., o senador Rodrigo Pacheco não se omitiu.

O exemplo foi quando o presidente Bolsonaro ameaçou rupturas democráticas e ele disse de alto e bom som: “ todo aquele que pretender algum retrocesso ao Estado Democrático de Direito será apontado pelo povo brasileiro como inimigo da nação”.

A posição moderada assumida pelo senador Rodrigo Pacheco na presidência do senado o credencia para colocar-se como alternativa à presidência da República.

Outra qualidade notória do senador Rodrigo Pacheco é sua formação jurídica, que antecipa garantia de legalidade, em possível governo futuro.

A caminhada não será fácil, diante das ambições e vaidades em jogo.

Esse objetivo somente será alcançado, através da união nacional.

Nunca do sectarismo, ou pressões descabidas.

Espera-se que seja possível, possível alguns líderes partidários despertarem para a necessidade e da formação de um grupo partidário único, que colabore para o difícil período de reconstrução nacional, após a pandemia.

A verdade é que a partir de ontem, coloca-se no tabuleiro político da nação o nome de Rodrigo Pacheco, realmente proposta de uma terceira via à Presidência da República, que contribui para a Paz nacional.

Ele, afinal, deu o primeiro passo no encontro do Rio de Janeiro e consumará a sua nova filiação partidária quarta próxima.

Só resta agora aguardar, que o eleitor consciente faça o seu julgamento em 2022 e exerça em toda plenitude o seu direito de escolha livre entre os  candidatos em disputa.

Qualquer que seja a decisão soberana do eleitorado terá o respeito de uma Nação comprometida com a Democracia. 

 

 

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