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Análise: "“Segunda onda”: Europa em pânico. Cresce no RN

Postado às 06h22 | 15 Out 2020

Ney Lopes

Quando analisei o oportuno decreto do prefeito Álvaro Dias (rejeitado pela justiça) para evitar a “segunda onda” da epidemia, já previa a propagação da doença. Tudo, infelizmente se confirma.  

O mapeamento da UERN mostra a evolução dos registros do novo coronavírus no RN e em Natal. Trata-se de risco sanitário iminente, sem argumentação de filuras jurídicas.

Aliás, o fenômeno desafia a Europa. Portugal, nosso vizinho, ontem, passou de situação de contingência para “calamidade pública”.

Serão aplicadas multas de até dez mil euros, por descumprimento de regras.

Sobre tais punições, imagine-se o que diriam os falsosdefensores da democracia” no RN, que incentivam a “abertura total” na atual campanha municipal?  O disposto no decreto do prefeito Álvaro Dias teve apoio total no princípio constitucional do “direito à saúde da população” e ponto final. A partir daí, não caberia mais nenhuma discussão, por inoportuna.

Tanto é verdade que, do ponto de vista político, o povo percebeu e o prefeito Álvaro Dias saiu ganhando. Ele acatou a decisão, adotou restrições na campanha e amplia margem de apoio popular.  A população não quer campanha eleitoral com comícios, carreatas e aglomerações.

Essa é a percepção também dos europeus. O pânico leva as pessoas a acatarem medidas preventivas.

Exemplo é a Suécia, onde o governo não recorreu ao confinamento. Hoje, endurece a posição e introduziu medidas rígidas. França, o número de casos tem aumentado constantemente. Ontem, 14, o país decretou toque de recolher noturno em Paris (21h e as 6h) e outras oito cidades para conter coronavírus.

A Itália registrou maior número de casos de infecção, do que o nível mais alto, desde o fim de março.

Neste contexto, vem a pior notícia: agencias da ONU temem que as consequências socioeconômicas da pandemia empurrem dezenas de milhões de pessoas para a pobreza extrema e que o número de desnutridos chegue a mais de 820 milhões, no final de 2020, caso não sejam tomadas medidas severas e urgentes em todo o planeta.

Sem dúvida, um desfaio para a Humanidade!

 

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