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Análise:"Trump a teoria do louco"

Postado às 05h26 | 28 Jan 2025

Ney Lopes

Trump é um louco! Ouve-se essa expressão nos quatro cantos do planeta. Por incrível que pareça existe a teoria do louco. A ideia da "Teoria do Louco" é se colocar como alguém imprevisível ou disposto a encarar um enfrentamento a qualquer custo na tentativa de dissuadir o inimigo. Se um dos lados acredita que o outro é capaz dar início a um combate, pode ceder às demandas, sabendo que ele tem nas mãos, por exemplo, o "botão nuclear".

No cenário atual, o presidente Trump está em uma posição delicada, ao adotar essa teoria. O seu estilo pode ter vantagens, mas também muitos perigos. A imprevisibilidade pode ser uma arma poderosa contra adversários, mas também pode se voltar contra ele e os Estados Unidos.

A imagem do ex-presidente Richard Nixon (1969-1974) há anos é associada à Teoria do Louco. Ele foi o primeiro presidente dos EUA a quem se atribuiu o uso da estratégia, supostamente para intimidar a União Soviética e também a Coreia do Norte. A ideia era fazer com que os membros do bloco comunista pensassem que o então presidente americano era inconstante e irracional.

Será que a imprevisibilidade traz mais benefícios ou riscos para a segurança global? No caso de Trump, para ter sucesso ele precisará estabelecer limites para sua "loucura". Isso implica mostrar que sua política externa não está totalmente desprovida de razão e que ele pode ser confiável. O medo de que um líder instável não honrará acordos, levanta um grande obstáculo para a construção de negociações duradouras.

Ele terá que demonstrar, que não só pode emitir ameaças, mas também é capaz de negociar acordos que garantam a paz. Intimidará adversários como Rússia à China, Irã ou Coreia do Norte; até disciplinar os amigos da América se eles estiverem se comportando mal. Força através da loucura e paz através da força. Estratégia difícil de ter sucesso.

Carta branca ao capital privado

Alertas são dados para "consequências catastróficas", se Trump der carta branca ao capital privado. A tendência serão monopólios poderosos corrompendo a política dos EUA. Na área de seguro saúde, por exemplo, as fusões de capital privado resultam em pior qualidade de atendimento e preços mais altos.

A democracia americana corre o risco dos grupos monopolistas em empresas extraordinariamente poderosas, corromperem o processo político e interferirem na aplicação legítima da lei. Biden durante seu discurso de despedida, alertou que uma “oligarquia está tomando forma na América”, que corre o risco de prejudicar a democracia e   manter uma “concentração perigosa” de riqueza e poder no país . O discurso foi amplamente visto como uma crítica aos magnatas dos negócios que se aproximaram do presidente dos EUA, Donald Trump, incluindo o chefe da Tesla, Elon Musk, e outros CEOs de grandes empresas de tecnologia.

Curtinhas

+ Em Los Angeles, os seguros enfrentam uma crise marcada pelo aumento das prestações pagas pelo segurado e a incapacidade de proteger propriedades localizadas em áreas de alto risco. Os incêndios são um exemplo óbvio desta realidade. As perdas seguradas são estimadas em 150 mil milhões de dólares, tornando este desastre um dos mais dispendiosos registrados na Califórnia.

+ Muita gente está achando, que na hora em que Lula decidir não ser candidato, o nome de sua preferência é o titular da Fazenda. Fernando Haddad.

Dia na história

1808 — Abertura dos portos brasileiros às nações amigas.

1811 — Primeiro movimento de independência no Uruguai, encabeçado por José Artigas.

1856 — É criado o Banco da Espanha.

1862 — Fundação no Recife do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano.

1887 — Colocação da primeira pedra da Torre Eiffel, símbolo de Paris,

1914 — Incorporação da cidade de Beverly Hills, Califórnia.

1908 — É instaurado um movimento revolucionário em Portugal, abafado três dias depois.

1932 — As forças japonesas começam a ocupação de Shanghai.

1986 — O ônibus espacial Challenger explode 73 segundos após a decolagem.

2002 — Boeing 727-100 cai na cordilheira dos Andes, no sul da Colômbia, matando as 92 pessoas a bordo.

 

 

 

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