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"Bolsonaro e denúncias de corrupção" - coluna "Por trás da notícia", no "Agora RN"

Postado às 05h42 | 26 Jun 2021

Teseu, personagem da mitologia grega, livrou-se de um monstro chamado Minotauro e evitou prejuízos econômicos e políticos para Atenas.

Nos governos, sempre existe o risco de um monstro, chamado “corrupção”.

Toda cautela é pouca para o governante livrar-se e não terminar incriminado por ação, ou, omissão.

Bandeira – O presidente Bolsonaro elegeu-se com a bandeira anticorrupção.

A sua principal estratégia será chegar em 2022, afirmando que governou sem corrupção.

Há que se observar, por oportuno, que o vírus da corrupção pode contaminar governo, sem conivência, ou conhecimento do governante.

De forma isenta, cabe considerar precipitação (ou má fé) tentar propagar a culpa antecipada do presidente Bolsonaro e sugerir impeachment, sobre um fato não elucidado.

Seria condenável pré-julgamento.

Desafio – Não se constata, ainda, nada de concreto.

 “Dois fatos” atuais sugerem ao Governo total transparência, na elucidação final.

Madeira – Primeiro, o contrabando denunciado por autoridades alfandegárias norte-americanas, que resultou em autorização do STF para a PF investigar, o que poderá ser a maior apreensão de madeira da história, originária da Amazônia.

A informação é que o ex-ministro, Ricardo Salles, do Meio Ambiente, participaria desse esquema fraudulento. Apenas, acusações, até agora.

Covid – Segundo, a denúncia de um servidor do Ministério da Saúde, teria ocorrido a tentativa de suposta venda “superfaturada”, da vacina indiana Covaxin, com a intermediação de uma firma pertencente a correligionário do governo.

O governo não comprou a vacina. Nem um centavo do Tesouro foi desembolado nesse sentido, como já esclareceu o ministro da Saúde.

Resta elucidar se na "tentativa" da transação ficaram rastros de ilicitudes.

Do ponto de vista jurídico, há controvérsias sobre a caracterização da tentativa do crime de peculato, ou, seja, quando não é consumada a conduta criminosa.

No caso, está claro não ter sido efetivada a venda da vacina.

Em princípio, o fato do presidente ser comunicado de presumida fraude em compra pública, não o coloca como responsável.

Sabe-se da existência de interesses contrariados e essas denuncias muitas vezes não têm fundamento, cabendo aos setores do governo fiscalizá-las.

Se o governante for tomar providencias em cada fato que lhe chegue ao conhecimento informalmente, não teria tempo de governar.

É necessário provar que houve omissão, dolo específico, vantagem pessoal auferida.

Sem isso, não há crime, salvo se o interesse político prevalecer sobre as regras do direito. 

Governo – Até agora,  providencias estão sendo adotadas para investigação

A CPI do senado entra em cena, também investigando.

Só resta aguardar os próximos capítulos.

Olho aberto

Vitória – Não se pode negar a importância para o RN da Barragem de Oiticica, em Jucurutu. O presidente Bolsonaro liberou mais de R$ 38,2 milhões, ao lado ministro Rogério Marinho, que finalizará a obra, esperada há 70 anos.

Abrangência – A barragem atenderá 250 mil habitantes n Seridó, do Vale do Açu e Região Central do estado.

Finalmente - Em Pau dos Ferros foi assinada a ordem de serviço do Ramal do Apodi, canal que trará água do Rio São Francisco para o estado. Grande avanço.

Mais uma vez – Em meio a notícias tão positivas, a “boca” do presidente não se conteve e ele disparou contra a imprensa: “não darei entrevista para não responder a perguntas de idiotas”.

Agressão, sem necessidade.

Criança – O presidente achou pouco e retirou a máscara protetora da face de uma criança de 10 anos.

Meu Deus! O que ele ganha com isso?

CPIs – A Assembleia Legislativa do RN cria a CPI para investigar verbas da pandemia e reabre outra da construção do estádio Arena das Dunas, que estava desativada.

Será estratégia para uma CPI, inibir a outra e tudo dá em nada?

Paciência - Enquanto o PSDB não definir o seu candidato a presidente, o nome da “terceira via” será preservado.

Objetivo é evitar massacre das redes sociais bolsonaristas, petistas e tucanas.

Palpite - Nada consumado. Mas, anotem: o nome poderá ser mesmo o do senador Rodrigo Pacheco (MG).

Magoado – Lula hoje não esconde a mágoa de que, quando foi presidente fez tudo pelo setor produtivo do país e ao cair em desgraça, os empresários não moveram uma palha para ajudá-lo.

Lobby – Uma das maiores lutas do senador Marco Maciel foi aprovar a regulamentação do “lobby”, no Brasil.  Nunca vingou. Agora, o assunto volta à tona.

Cadastrar – A ideia é que o lobista se cadastre no órgão do governo respectivo e preencha algumas informações sobre quem representa, o assunto que vai tratar e o que quer modificar, e também seus dados.

Afinal, o “lobby” existe em todos os Parlamentos do mundo.

Só precisa ser as claras.

 

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