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"Excessos da CPI e de Bolsonaro" - Ney Lopes no jornal "Agora RN"

Postado às 05h46 | 08 Mai 2021

O senador Rodrigo Pacheco, presidente do senado, opinou que melhor seria “correr atrás do tempo perdido” e apressar a vacinação, do que funcionar a CPI da Covid.

Os possíveis crimes, ou responsabilidades do governo no combate ao vírus, já estão sendo apurados, em investigações no STF, PF, MP e PGR. Portanto, não haveria impunidade.

Erros – Na CPI observa-se, que oposição e governo cometem excessos.

O depoimento do ministro Marcelo Queiroga é uma prova.

O depoente mostrou-se humilde, calmo, defendendo pontos de vista médico-sanitários.

Terminou trucidado, pelo único motivo de não acusar o presidente Bolsonaro de omisso e criminoso.

Coerência – O ministro Queiroga esclareceu várias vezes, que defende todas as medidas sanitárias preventivas.

Entretanto, foi jogado de encontro a parede, para opinar “sim” ou “não” sobre certas posições (realmente equivocadas) do presidente,

Ele preferiu não fazer juízo de valor.

Direito – O ministro exerceu direito, garantido na lei.

A testemunha não emite opinião.

Se o fizer, incorre em falso testemunho.

A CPI não pode exigir somente respostas, que convenham aos inquisidores.

As conclusões e opiniões constarão do relatório final aprovado.

Queiroga – Ainda em relação ao ministro Queiroga, melhor com ele, do que sem ele, enquanto Bolsonaro não o exonerar.

Bolsonaro – Outro excesso são as posições extemporâneas do presidente Bolsonaro.

Ao invés de comportamento comedido, mostrando até o radicalismo dos seus opositores, ele prefere “realimentar” todas acusações contra o seu governo.

Nesse aspecto, dá tiro no pé e faz o jogo da oposição.

Provas I – O presidente, para agradar celerados e fanáticos (cada dia em menor número), produz provas contra si mesmo.

Veja-se a insinuação desnecessária, de que a China fez guerra química e o vírus foi propagado pelo país.

Diz isso, numa hora em que o Butantan está à beira de paralisar a produção da Coronavac, por depender da chegada dos insumos chineses.

Provas II – O presidente anuncia em Brasília no "dia das mães", passeata e concentração, na defesa do direito de ir e vir.

Esquece, que no artigo 5°, da Constituição, há um direito que, transitoriamente, supera o “ir e vir”, que é o direito à saúde coletiva.

A pandemia põe em risco a saúde pública.

Logo as medidas preventivas, inclusive limitações no direito de "ir e vir", são constitucionalmnente corretas.

A ciência e o mundo  avalizam essa cautela, que não cura o vírus, mas evita a propagação, que leva a mortes. 

Insistindo em se opor às regras sanitárias, inclusive o isolamento social, Bolsonaro a cada dia se  torna réu confesso.

Até correligionários que defendem o governo têm esse ponto de vista.

No final irá repetir-se a mesma cantilena de reclamar da justiça, por aplicar a lei.

Dúvida – Com todo esse tumulto, torna-se atual, a máxima, de que numa CPI, se sabe como começa, nunca como termina!

Olho aberto

Precipitação – Direitos humanos são sagrados, porém no caso do episódio recente no RJ (Jacarezinho), não se justifica qualificar a operação de “chacina”, antes de investigações acerca de resistência armada à ação policial e a identificação dos que morreram.

Significado – Chacina significa massacre, assassinato coletivo e doloso; ação de matar injustamente muitas pessoas ao mesmo tempo.

Há indícios que houve isso?

Punições – Punam-se os excessos, desde que existam provas materiais.

Não há como a Polícia enfrentar o crime organizado, com “flores”, ou “convites” para um papo amigável.

Claro que a firmneza das operações não justificaria violencia extremada, porém é necessário a formação prévia de um juízo sobre o que realmente aconteceu,  para em seguida qualificar de chacina e, se for o caso, aplicar sanções.

O que não se justifica é criminalizar a Polícia, antes das apurações devidas.

Mortes – Lamentam-se os 28 mortos (inclusive um policial com tiro na cabeça), sem esquecer de lamentar também àqueles cidadãos, cumpridores dos seus deveres, vítimas diárias de assaltos, sequestros e outros crimes.

Candidatíssimo – Chega a informação, que esta coluna antecipou há dias, do senador Rodrigo Pacheco disputar a presidência da República. O DEM preserva o seu nome a sete chaves.

Vantagens – Pacheco pode sair bem de MG, o segundo colégio eleitoral do país.

Seria a terceira via, tão esperada.

 

 

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