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No dia das mães: "A dor da saudade de uma mãe"

Postado às 06h07 | 08 Mai 2022

Ney Lopes

Hoje, o Dia das Mães.

Repete-se o encontro dos filhos para homenagear aquelas que lhes deram a vida.

Terei a felicidade de abraçar a minha mãe, pela sua trajetória de vida, que fará em outubro 100 anos de idade.

Uma benção!

Homenageio  a esposa Abigail e  as filhas que são mães, Karla e Ana Lilian.

No encontro familiar, a sofrida ausência do único filho homem – Ney Lopes de Souza Júnior -, que partiu para a Eternidade, com 47 anos, em novembro último.

O nosso sofrimento dilacerante perdura até hoje e não desaparecerá.

Ney Jr que poderia dar-nos muitas alegrias foi escolhido por Deus para transformar-se  em “saudade”.

Por força da saudade, ainda convive entre nós.

A falta do abraço filial neste Dia das Mães é substituído pelo texto  escrito por sua mãe Abigail, na missa de sétimo dia, quando ela externou em lágrimas a perda de uma parte de si própria, que era o filho querido, cultivado com amor e carinho.

A seguir, a transcrição das palavras, que traduzem  a "dor da saudade de uma mãe".

 

“Passamos o ano de muitas turbulências e pensávamos que tinha sido possível superar.

Grande engano.

O ano ainda não tinha acabado e uma notícia avassaladora estava por vir.

Nosso único filho homem estava morto, com apenas 47 anos.

A dor que sentimos superou todas as aflições do ano em curso. Impossível descrever uma dor que só se conhece sentindo.

Bom filho, humano, inteligente, amigo dos amigos, incapaz de ofender o próximo, devoto de Nossa Senhora, desprendido de coisas materiais., defensor dos mais carentes e com grande capacidade de perdoar.

Tinha orgulho de ter o nome do pai e sentia a responsabilidade de sempre cumprir com o dever e absorver o exemplo paterno.

Assim era Ney Lopes Júnior.

Teve períodos de saúde difíceis, momentos depressivos, mas nunca maculou o seu caráter, nem sua imagem de homem público.

Teve perdas, vitórias, erros, mas sempre procurando fazer direito.

Tinha muitos amigos, mas partiu sem imaginar a intensidade do amor de todos eles e respeito como homem público, tudo manifestado nas homenagens póstumas.

Amigos ausentes pelas circunstancias da pandemia, ressurgiram com gestos solidários de afeição.

Madre Teresa de Calcutá disse que “palavras gentis podem ser curtas e fáceis de falar, mas os seus ecos são efetivamente infinitos”.

Agradeço a Deus as coisas boas que aconteceram ao lado dele.

Sei que a distância me impede de vê-lo, mas não poderá me impedir de amá-lo eternamente.

Com o apoio dos familiares e amigos, aos quais agradeço, procurarei conviver com a dor da saudade, até o reencontro Eterno.

Que Deus nos ajude!”.

PS. Neste dia especial, a nossa saudação a todas as mulheres, que tiveram a sorte de serem mães.

Feliz 8 de maio de 2022!

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