Postado às 15h34 | 14 Mai 2025
Ney Lopes
De acordo com material publicado pelo site “defesanet.com.br”, especializado em questões militares, Trump continua a anunciar bravatas e fanfarronices.
Agora, uma das vítimas é a cidade de Natal.
Diplomatas vinculados a setores republicanos, diretamente associados ao núcleo político do presidente Donald Trump, cobiçam o Brasil, ao reivindicarem o uso irrestrito do Aeroporto de Fernando de Noronha (SBFN) e a Base Aérea de Natal (BANT), áreas de alto valor estratégico, potencial econômico e valor ambiental.
É a mesma estultice já feita com as ameaças a anexação do Canadá, Groenlândia e Panamá,
O argumento é que existiria um “direito histórico de retorno operacional”, ou seja, o fato dos Estados Unidos terem construído a base na época da Segunda Guerra Mundial e Guerra Fria.
Relevância
A Base Aérea de Natal, situada na região metropolitana de Natal (RN), possui relevância histórica consolidada.
Conhecida durante a Segunda Guerra Mundial como o “Trampolim da Vitória”, foi utilizada pelas forças aliadas para trânsito logístico entre o continente americano, África e Europa.
A base continua sendo uma instalação ativa, com pista de pouso capaz de receber aeronaves estratégicas.
A sua posição geográfica oferece acesso facilitado tanto a rotas transatlânticas quanto ao porto de Natal, o que a qualifica como um hub logístico de alto valor para operações conjuntas ou expedicionárias.
Do ponto de vista operacional, a Base apresenta condições ideais para reabastecimento em voo, evacuação médica, mobilização rápida de forças de reação e apoio a missões aerotransportadas em cenários de crise na costa ocidental africana, Caribe ou litoral norte da América do Sul.
A proximidade com o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) também permite sinergia para operações de inteligência no monitoramento e rastreio de equipamentos militares, tais como misseis e armas em geral.
Cão vigilante
A frágil alegação para justificar a reivindicação americana levaria o Brasil a transformar-se em satélite militar no Atlântico Sul, pelo fato de permitir a realização em seu território de operações militares sobre as quais não teria controle.
Seria colocar o país na condição de “cão vigilante”, usado para fins logísticos e operacionais, sem contrapartidas nem cláusulas de reciprocidade.
Uma verdadeira excrescência jurídica vedada pelo artigo 49, inciso I, da CF.
Ignorar esse princípio constitucional seria permitir a instalação de postos de controle militar externo em território nacional, à margem do Estado brasileiro.
Com a proposta, Trump continua as intenções americanas anexionistas, como ocorreu no passado com o Alasca, a Flórida e a Luisiana, por invasão (México), apropriando-se total ou parcialmente de possessões que pertenciam à Espanha após vencer uma guerra no início do século XX (Cuba, Filipinas, Guam e Porto Rico).
Mobilização do RN
A ganancia de Trump em relação ao Brasil, trouxe um dado positivo.
Confirmou que Natal é irreversivelmente o ponto estratégico mais importante do hemisfério sul pela proximidade com África, Europa.
Essa condição geográfica justificas o governo criar um polo exportador e turístico, na área adjacente do Grande Natal.
Sempre sonhei com isto. Talvez agora o grito seja ouvido.
É hora do governo estadual e prefeituras envolvidas formarem um Grupo de Trabalho e partirem para a reivindicação, em Brasília da nossa área de livre comércio.
O provérbio popular já diz: “Camarão que dorme, a onda leva.".
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