Postado às 17h13 | 14 Mai 2020
Ney Lopes
Hoje, 14, o presidente falou à imprensa e usou a expressão “vamos conversar”, referindo-se aos governadores e prefeitos sobre medidas para conter a pandemia. Aleluia! (louvor de agradecimento a Deus nos cultos cristãos). Esse é o único caminho que resta para o Brasil enfrentar a epidemia. Entretanto, alguns pressupostos terão que ser aceitos por “todos” aqueles que se disponham a “conversar”. Por exemplo. O princípio será “unir convergências de soluções e superar divergências”. Não haverá “dono da verdade”.
O presidente terá que formalizar o “gesto”, convocando governadores e prefeitos para dividirem responsabilidades. De antemão sabe-se que existirão recuos das posições já adotadas, sem que isso seja considerado demérito, ou fraqueza. O presidente apresentaria as linhas gerais de um consistente “Plano”, que permita manter o isolamento em locais cientificamente recomendados e flexibilizar em outros, onde os sinais admitam essa hipótese.
O ministério da saúde faria uma “agenda” para governadores e prefeitos sugerirem os pontos principais das providencias, sem acusações, ou lamurias. Não caberá “chorar o leite derramado”, ou reavivar mágoas. O caminho é ativar o diálogo, através de um “Comitê Permanente da União, Estados e Municípios”, composto por representantes dos entes jurídicos federativos.
Esse Comitê atuará em harmonia, sem protagonismos, naquilo que for “consensual”. Poderão até serem absorvidas formas diferentes de ação, da responsabilidade direta de quem os sugira, desde que não conflitem com as linhas gerais no combate ao vírus. A partir do momento em que haja ação racional, sem fomentar “crise política”, tornar-se-á possível a população aceitar as recomendações, cumpri-las e dar a sua colaboração.
O “campo de guerra” de hoje é que não pode continuar. O vírus é um exército invisível, que ataca sem avisar. Para enfrentá-lo, a única estratégia sensata será “unir” as forças dos governos federal, estadual e municipal. Esse comportamento não desmerece as lideranças políticas. Ao contrário, as coloca em nível de respeito e aplauso da opinião pública.
Portanto, a palavra de ordem, deve ser “vamos conversar! ”.