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Opinião: "Males da ultraesquerda e da ultradireita"

Postado às 06h28 | 25 Set 2020

Ney Lopes

Esquerda e direita foram associadas ao universo político na Revolução Francesa. De lá para cá há quem defenda que essa distinção não mais existe. Porém, sobrevivem às extrema esquerda e direita, como posições ortodoxas, fanáticas e conflitantes com as liberdades humanas.

No contexto contemporâneo, exemplos dessas exacerbações são, entre outros, Donald Trump nos Estados Unidos e Daniel Ortega, na Nicarágua.

Curiosamente, no país vitrine da democracia, que são os Estados Unidos, o seu presidente, assumindo a ultradireita, recusa-se publicamente em respeitar o compromisso de promover uma transição pacífica, caso não obtenha êxito nas eleições de novembro próximo.

Quer dizer: ele execra, sem provas concretas, o sistema eleitoral americano, ao criar a dúvida de que o voto pelo correio é inconfiável. Como admitir-se isto, se há anos o país usa essa forma de votação. O temor de Trump é que, em razão da pandemia, o voto postal aumente e ele não consiga atrair esses eleitores e seja derrotado.

Outra posição política, classificada como ultraesquerda, é a de Daniel Ortega na Nicarágua, que foi o líder do movimento sandinista nos anos 70 inspirador da derrubada do ditador direitista Somoza. Naquela época, adeptos ensandecidos vibravam ao ritmo de "Canção Urgente Nicarágua", do músico cubano Silvio Rodriguez.

Atualmente, Ortega comanda brutal repressão, com   cerca de 500 mortos, muitos deles estudantes universitários. Em fins de 2018, o PT, em posição de extrema esquerda,  referindo-se a Ortega, divulgou nota, dizendo que a “contraofensiva liberal” atingia um "governo legítimo e democraticamente eleito".

Percebe-se, que a preservação das liberdades no mundo dependerá da erradicação desses extremismos nocivos, que cegam as pessoas, entorpecem o raciocínio e faz prevalecer uma verdade, que elas mesmas constroem em suas mentes doentias.

O extremismo sectário. de direita ou esquerda,  afasta o diálogo, o reconhecimento recíproco de méritos e erros.

Tão importante quanto reconstruir economicamente as nações, será a conscientização, de que a harmonia universal dependerá do banimento desses' radicalismos e extremismos políticos.

 

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