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Opinião: "Um gesto humanitário"

Postado às 06h14 | 16 Abr 2021

Ney Lopes

Gesto humanitário da suspensão de patentes das vacinas repercute no mundo.

Os vencedores do Prêmio Nobel, Muhamad Yunus (Paz), Joseph Stiglitz (Economia) Françoise Barré-Sinoussi (Medicina) e 170 signatários da carta pública pediram a supressão da propriedade intelectual do imunizante por ser etapa vital e necessária para acabar com a pandemia.

Eles também convidaram o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a apoiar a iniciativa.

A carta foi assinada pelo ex-presidentes da França (François Hollande), da Libéria (Ellen Johnson Sirleaf) e o ex-primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, entre outros.

Esse mesmo apelo já foi enviado à Organização Mundial do Comércio em 2 de outubro de 2020, proposto pela África do Sul e Índia recebendo o apoio de vários países em desenvolvimento e a oposição da maioria dos países ocidentais, onde ficam as sedes das grandes empresas farmacêuticas.

O texto propõe uma suspensão temporária de algumas obrigações do Acordo sobre os Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual relacionados ao Comércio (ADPIC) para que qualquer país possa produzir a vacina, sem a preocupação de dispor da patente.

Os países tentam vacinar o mais rápido possível suas populações para tentar frear a Covid-19 e o surgimento de novas variantes do vírus que reduzam a eficácia das vacinas.

Os imunizantes a base de RNA mensageiro são produzidos pela Pfizer/BioNTech e a Moderna, dois laboratórios americanos.

O Papa Francisco somou o seu apoio à proposta.

Agora é aguardar se os países ricos, detentores da tecnologia das patentes, se sensibilizarão com esse apelo humano.

 

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